Governo do RS quita salários de julho nesta sexta-feira

Arrecadação superou expectativas do Palácio Piratini, que conseguiu terminar o parcelamento antes do previsto.

O governo do Rio Grande do Sul anunciou nesta quinta-feira (13) que quitará os salários de julho do funcionalismo nessa sexta-feira (14). Será possível quitar a folha de julho antes do previsto inicialmente (dia 31). Receberão todos os servidores que ainda estão com os salários em aberto, que representam 7% dos vínculos.

A mudança no calendário se deve à arrecadação efetiva do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) até o dia 12 ter acumulado R$ 180 milhões (brutos) superior à estimativa inicial para o mês. A arrecadação superou a expectativa da Sefaz (Secretaria Estadual da Fazenda) em todas as diferentes modalidades (substituição tributária, indústria, comércio, energia, combustíveis e telecomunicações).

Conforme o governo do Estado, o acompanhamento das notas fiscais eletrônicas pela Receita Estadual já vêm indicando retomada gradual de movimentações no comércio, varejo e atacado. São duas semanas seguidas de melhoria nos três segmentos.

Somando os três tributos estaduais (ICMS, IPVA e ITCD), o crescimento sobre os mesmos dias de agosto de 2019 está em 6,36% nominais (bem acima da inflação acumulada). Conforme a Sefaz, é primeira vez em que se observa um crescimento desde o início da pandemia.

“O que se observa é uma retomada gradativa das movimentações nos principais setores da economia, repercutindo nas projeções que foram feitas desde o início da pandemia e que são permanentemente revistas. Isso auxilia o Tesouro Estadual e também as prefeituras, que ficam com boa parcela dessa arrecadação”, disse o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso.

Ele também explicou que o auxílio federal, que começou a ser recebido somente em junho, deslocou no tempo a compensação pelas perdas, e agora tem permitido recuperar prazos de pagamento. “Sempre houve o entendimento de que o auxílio federal seria fundamental para compensar as perdas do Estado. O fato de não ter sido concretizado ainda em maio fez com que o atraso máximo da folha chegasse a 40 dias, retornando agora ao patamar de 14 dias que tínhamos atingido nos primeiros meses de 2020. Estamos com despesas congeladas e até em queda, o que garante melhoria no fluxo com a reação das receitas.”