Economia brasileira recua 10,94% no segundo trimestre

Mercado financeiro, governo e Banco Central preveem queda no PIB em 2020.

Em meio à pandemia da Covid-19, a economia brasileira apresentou retração de 10,94% no segundo trimestre deste ano, comparado ao período anterior. É o que mostra o IBC-BR (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), divulgado nesta sexta-feira (14).

Na comparação entre o segundo trimestre de 2020 e o igual período de 2019, a queda chegou a 12,03%.

No primeiro semestre, a queda do IBC-Br ficou em 6,28%. Em 12 meses encerrados em junho, o recuo da atividade econômica foi de 2,55%.

Em junho, comparado a maio deste ano, o índice registrou crescimento de 4,89% (dado dessazonalizado). Na comparação com junho de 2019, houve queda de 7,05%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.

O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

No entanto, o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para o mercado financeiro, o PIB deve registrar queda de 5,62% neste ano. Na avaliação do governo, a retração será de 4,7%. Já o Banco Central prevê recuo de 6,4%, segundo o último Relatório Trimestral de Inflação, divulgado em junho.