Turismo pós-pandemia aponta para destinos com atrativos ao ar livre

Turismo pós-pandemia aponta para destinos com atrativos ao ar livre

Os destinos com menos aglomerações, que ofereçam atrativos ao ar livre, com esportes e contato com natureza tendem ser os mais competitivos em um cenário pós-pandemia de coronavírus (Covid-19). A informação consta em um estudo realizado pela consultoria Lab Turismo para o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Segundo a pesquisa, o consumo digital apresentou um aumento de 80% desde que as medidas de isolamento foram implementadas tanto para entretenimento, quanto para tarefas necessárias, como compras de supermercados. A informação é relevante para que o segmento turístico construa ou amplie ainda mais seus canais de comunicação com clientes.

Levantamentos feitos por diversas entidades revelam que outra tendência, neste ano, é a procura por destinos regionais, locais, que propiciem momentos em família. De acordo com uma das principais plataformas de hospedagem online do mundo, as reservas para viagens domésticas vêm crescendo em países como Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Coreia do Sul. A demanda por viagens dentro de um raio de 320 quilômetros de onde residem os usuários cresceu de cerca de um terço para mais da metade do total de reservas.

Além disso, o turismo regional e rodoviário será o primeiro a retomar, seguindo o comportamento das pessoas de evitar viagens longas. Entre os destinos prediletos dos viajantes deverão estar as praias. Além de estarem evitando aglomerações e viagens de avião, os turistas também deverão preferir casas a hotéis para se hospedar.

“A pandemia e o isolamento social estão mudando os hábitos das pessoas. Após esta fase, muita gente deve voltar a atenção para o seu entorno, reconectando-se com áreas próximas e com a natureza, com paisagens naturais das quais tanto se distanciaram nos últimos meses”, afirma Emerson Antonio de Oliveira, coordenador de Projetos Ambientais da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. “Além disso, o turismo regional tem custo mais acessível e este fator também deverá influenciar na escolha dos destinos”, conclui.

Outro ponto celebrado por Oliveira, é a humanização e respeito ao meio ambiente. “A partir de agora, o viajante estará muito mais atento às possibilidades de contribuir com cada destino que visita e deixar uma marca positiva, respeitando seu ambiente e sua sociedade.”