Secretaria da Agricultura alerta para surtos de Tristeza Parasitária Bovina no RS

A Seapdr (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural) alertou nesta quarta-feira (10) para surtos de TPB (Tristeza Parasitária Bovina) no Rio Grande do Sul.

“Todo final de outono, os pecuaristas gaúchos sabem que é hora de controlar o carrapato bovino para evitar contaminações por TPB,  complexo de três agentes que podem ser transmitidos por este parasito”, advertiu. “E é a principal causa infecciosa de mortes em bovinos no Rio Grande do Sul”, completou.

Este ano, porém, uma elevação de casos de TPB ligou o sinal de alerta no IPVDF (Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor), vinculado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Seapdr.

“Mesmo tendo em conta que nesta época há um aumento esperado nos casos, nas últimas três semanas, a quantidade de amostras recebidas para diagnóstico de TPB no IPVDF mais que duplicou em relação aos últimos anos”, alerta o médico veterinário José Reck, do Laboratório de Parasitologia do instituto, responsável pelo diagnóstico desta enfermidade.

Reck destaca a importância de os produtores redobrarem a atenção neste momento, procurando o diagnóstico confirmatório dos casos. “A definição de qual dos agentes infecciosos está causando cada surto é essencial para propor planos de controle e prevenção de novos casos”, explica.

Ações de controle do carrapato são necessárias para evitar que os surtos continuem ou se ampliem. “A Seapdr oferta periodicamente treinamentos e dias de campo para grupos de produtores no interior do Estado sobre controle de carrapato e TPB”, ressalta a médica veterinária Rovaina Doyle, do Laboratório de Parasitologia do IPVDF.

Tristeza Parasitária Bovina

Transmitida pelo carrapato, a Tristeza Parasitária Bovina é responsável pela perda de 100 mil animais por ano no Rio Grande do Sul, segundo estimativas da Seapdr.

A TPB também causa prejuízos devido à anemia e redução no ganho de peso do rebanho, bem como diminuição na produção de leite.

Segundo dados compilados nos últimos dez anos pelo DDPA, o final do outono e final da primavera concentram a maior parte dos casos de TPB no Estado.

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