PwC identifica prioridades estratégicas para o setor de turismo e lazer no mundo pós-crise

O isolamento e a quarentena forçaram a paralisação do setor; é necessário saber quais atitudes adotar, após o fim da pandemia, para voltar a crescer.

O turismo e o lazer ficaram praticamente parados nos últimos meses em razão da pandemia provocada pela Covid-19. O fim das viagens e as restrições impostas ao lazer, com o fechamento de parques, cinemas, teatros, academias e restaurantes em todo o mundo tiveram um impacto sem precedentes sobre o setor. A PwC identificou algumas etapas consideradas prioritárias e que podem ajudar o setor de turismo e lazer a emergir da crise.

No momento em que os governos iniciarem a flexibilização das restrições, o setor terá que preparar as companhias para a retomada das operações neste cenário de “novo normal” – o que engloba determinar os impactos provocados pela pandemia a médio e longo prazos, além de repensar as estratégias. Será necessário adaptar o negócio às exigências do mercado e aos novos hábitos dos consumidores, muitos dos quais deverão permanecer no pós-pandemia.

Etapas identificadas pela PwC

Reabertura

A reabertura será desafiadora para as empresas deste segmento e deverá ser feita de forma gradativa, com investimentos iniciais limitados a estruturas que garantam o distanciamento social e aos novos protocolos de higiene. As adaptações devem ser feitas ao longo do tempo. Restaurantes, por exemplo, podem reduzir as opções do menu para simplificar operações na cozinha, reduzir desperdícios e focar ações de marketing em áreas-chave;

Fortalecimento do negócio

As empresas precisarão se tornar mais resistentes a choques e estar preparadas para uma nova interrupção no futuro, visando assegurar flexibilidade e direcionamento da base de custos, além de considerar uma maior diversificação. Será preciso reduzir drasticamente os “custos ruins”, o que pode significar operar com propriedades e/ou equipes menores. Os restaurantes podem oferecer refeições prontas; academias poderão alugar equipamentos e oferecer aulas on-line;

Criar fluxos de receitas aproveitando as novas tendências de consumo

A Covid-19 mudou a forma como as pessoas consomem o lazer. As gerações mais jovens gastam mais em experiências do que em produtos materiais e impulsionam categorias como alimentação, socialização e viagens de aventura. Durante a quarentena, a demanda a estas experiências foi fortemente reprimida. No futuro, o mercado de experiências irá impulsionar o crescimento do setor;

Aceleração dos serviços digitais

O processo de transformação digital foi acelerado pela crise em diversas áreas. A entrega de alimentos deverá aumentar significativamente nos próximos anos. Já operadoras de turismo terão a chance de sair de locais deficitários e repensar o formato dos locais, visando um melhor atendimento. As academias podem manter as ofertas de condicionamento físico online com aulas de ginástica e instrutores em streaming e plataformas emergentes lançando-as em modelos pay-as-you-go ou de assinatura.

Valores da marca

Finalmente, os valores da marca parecem ter se tornado mais importantes para os consumidores. As ações da empresa durante a crise serão determinantes e deixarão uma impressão duradoura: este é o momento de criar confiança no consumidor para voltar a crescer no mundo após o fim da pandemia.