Mortes por síndromes respiratórias graves aumentam sete vezes no RS

Ao todo, de 29 de dezembro a 18 de abril, 2.542 pessoas foram internadas com síndrome respiratória grave (SRAG). O mesmo período, em 2019, apresenta 311 casos, oito vezes menor.

A falta de testes para o coronavírus indica casos subnotificados no Estado. Ou seja, há óbitos pela doença que não são especificados devido à alta demanda e o baixo número de pacientes testados. As informações são da Secretaria Estadual da Saúde (SES).

Ao todo, de 29 de dezembro a 18 de abril, 2.542 pessoas foram internadas com síndrome respiratória grave (SRAG). O mesmo período, em 2019, apresenta 311 casos, oito vezes menor.

No ano passado, nos mesmos quatro meses, o número de mortes por SRAGs foi de 37. Em 2020, são mais de 260. O número é sete vezes maior e aumentou após o primeiro caso de covid-19 identificado no Estado, conforme a SES.

Ainda conforme a secretaria, o total de casos até o último sábado (18) era de 894 casos confirmados do coronavírus. Destes, 300 foram hospitalizações por síndromes respiratórias agudas grave, e 25 morreram.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também alerta para o aumento no número total de casos de síndrome respiratória grave no RS. Nos primeiros quatro meses de 2020, foram registrados 1.875 casos.

Em 2019, o mesmo período registrou 196 casos. Uma diferença de quase 10x na comparação dos períodos. Em ambos os levantamentos, a curva ascende na segunda quinzena de março, 15 dias após a primeira notificação de covid-19 no RS.

Contudo, mesmo com o aumento de casos, o pico do coronavírus no Brasil permanece distante. O Ministério da Saúde afirma que a pandemia deve ter seu auge no Brasil no final de maio e começo de junho. Enfatizando, assim, a necessidade do distanciamento social e indicando que ainda há longa trajetória de combate ao vírus.