Medidas contra coronavírus reduzem poluição em até 75% em Porto Alegre

Assim como outras cidades pelo mundo, Porto Alegre está sentindo os impactos das paralisações decorrentes do coronavírus.

Segundo a prefeitura de Porto Alegre, desde que o isolamento domiciliar se tornou necessário, a poluição na cidade teve uma redução de 22% para as partículas com até 2,5 micrometros – de 12,3 µg/m3 para 9,5 µg/m3 –, que são as mais nocivas para a saúde.

Também houve redução de até 75% – de 40 µg/m3 para menos de 10 µg/m3 – nas partículas entre 2,5 e 10 micrometros, que são inaláveis, mas que representam menor risco para as pessoas.

“Não se trata de gases poluentes, mas sim partículas extremamente prejudiciais à saúde. As que possuem até 2,5 micrometros podem chegar aos pulmões e circular por todo o organismo”, alerta a coordenadora do Laboratório de Poluição Atmosférica da UFCSPA, Cláudia Rhoden.

A prefeitura ressalta que a análise é do projeto Porto Ar Alegre, do Pacto Alegre, que conta com cinco monitores da qualidade do ar localizados nas regiões dos bairros Rubem Berta, Santa Cecília, Centro Histórico, Humaitá e Restinga.

Eles medem as concentrações de material particulado ao nível do solo. Foram considerados dados anteriores ao isolamento (entre 16 de fevereiro e 15 de março) e após (16 de março a 14 de abril).