Detentos produzirão 4 mil máscaras descartáveis por dia

Detentos produzirão 4 mil máscaras descartáveis por dia

Fábricas adaptadas nas casas prisionais de todas as dez delegacias penitenciárias do Rio Grande do Sul começaram a produzir nesta semana máscaras de proteção para conter a disseminação do novo coronavírus. A meta é produzir 4 mil peças diariamente, com 87 máquinas em operação.

Conforme a chefe do trabalho prisional da Susepe, Elisandra Minozzo, a utilização da mão de obra dos detentos auxiliará na contenção da Covid-19. “Este projeto, além de oportunizar a profissionalização dos apenados, representa economia para o Estado e ainda promoverá a proteção da sociedade”, afirma.

Cerca de 200 presos de várias regiões do Estado, de penitenciárias masculinas e femininas, confeccionarão os materiais descartáveis para uso em procedimentos simples não cirúrgicos. A estimativa é de que produzam 87 mil peças até o fim de abril. Um exemplo desse esforço ocorre no Presídio de Santa Rosa, onde quatro apenadas pretendem produzir 3,7 mil máscaras nas quatro máquinas de costuras que foram disponibilizadas pela Vara de Execuções Criminais de Campinas das Missões. Em janeiro, elas participaram de um curso de costura na casa prisional. Os demais estabelecimentos prisionais da 3ª Região Penitenciária (Missões) também começaram a confecção de máscaras de proteção contra o coronavírus.

A iniciativa é da Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen) e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), em atenção à Resolução 356, de 23 de março, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que dispõe, de forma extraordinária e temporária, sobre os requisitos para a fabricação das peças, que são confeccionadas em tecidos TNT duplo.