Bolsa brasileira despenca 7,6% e tem nova paralisação após OMS declarar pandemia

A Bolsa de Valores de São Paulo despencou mais de 10% e voltou ativar o protocolo de segurança contra perdas na tarde desta quarta-feira.

A Bolsa de Valores de São Paulo despencou mais de 10% e voltou ativar o protocolo de segurança contra perdas na tarde desta quarta-feira (11). A desvalorização abrupta, que interrompeu as negociações durante o chamado “circuit breaker“, é motivada pela declaração de pandemia de coronavírus por parte da OMS (Organização Mundial de Saúde). Foi a segunda interrupção em 3 dias.

A declaração de pandemia ocorreu em decorrência do aumento no número de casos, mortes e países atingidos pela doença. De acordo com a organização, os números devem subir ainda mais nos próximos dias e semanas.

O segundo circuit breaker da semana foi declarado às 15h15, quando a Ibovespa acumulava queda de 10,11%. Foram 30 minutos de paralisação no mercado brasileiro em virtude da desvalorização. O índice chegou a alcançar os 82.887 pontos antes de ter o pregão suspenso por meia hora.

Depois do baque, a Bolsa começou a recuperar as perdas. No fechamento, as 17h30, o mercado brasileiro de ações consolidou retração de 7,64%.

O dólar também foi afetado pelo pronunciamento. A moeda americana voltou a se valorizar frente ao Real, alcançando os R$ 4,7390 as 15h45. No exterior, as bolsas americanas também apresentavam queda. Dow Jones apontava queda de 5%, S&P recuava 4,66% e Nasdaq caía 4,8%.

Na segunda-feira, as atividades também foram suspensas por meia hora, quando a Bolsa de Valores perdeu, ao fim do dia, 12%, a maior desvalorização do século. A crise foi deflagrada pela guerra de preços de petróleo iniciada pela Arábia Saudita como retaliação à Rússia, somada ao avanço do coronavírus na Europa.