Motorista de aplicativo é banido da Uber por assediar passageira em Viamão

Um motorista de aplicativo de transporte individual foi banido da Uber na região metropolitana de Porto Alegre. O motivo é um assédio sexual que cometido pelo prestador de serviço durante uma viagem que ocorreu no fim de semana. A vítima é uma jovem de 17 anos, que gravou o abuso.

O caso ocorreu no domingo, em Viamão. No vídeo, o motorista sugere que pode “namorar” a adolescente. Ele justifica que a vítima “não tem 13 anos”. “Aí seria uma menor incapaz. De 14 anos para cima tu já é responsável”, diz o motorista.

A estudante afirma que ele tem idade para ser pai dela. O homem retruca: “Não sou teu pai. Eu faria coisas que o teu pai não faria”. Depois, diante do constrangimento, diz que estava “brincando”. A adolescente publicou o vídeo numa rede social.

Diante da repercussão do caso, a Uber decidiu banir o motorista do serviço. Ele não pode mais viagens pela plataforma. “A empresa acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos dessa natureza às autoridades competentes. A conta do motorista parceiro foi banida assim que a denúncia foi feita”, diz a empresa.

O que diz a Uber

A Uber, que tinha como prestador de serviço o motorista, se manifestou por meio de nota.

A Uber considera inaceitável e repudia qualquer ato de violência contra mulheres. A empresa acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos dessa natureza às autoridades competentes. A conta do motorista parceiro foi banida assim que a denúncia foi feita.

A empresa defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Todas as viagens com a plataforma são registradas por GPS. Isso permite que em caso de incidentes nossa equipe especializada possa dar o suporte necessário, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado.

Como parte do processo de cadastramento para utilizar o aplicativo da Uber, todos os motoristas passam por uma checagem de antecedentes criminais realizada por empresa especializada que, a partir dos documentos fornecidos pelo próprio motorista e com consentimento deste, consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o País em busca de apontamentos criminais, na forma da lei. A Uber também realiza rechecagens periódicas dos motoristas já aprovados pelo menos uma vez a cada 12 meses.

Desde 2018 a Uber tem um compromisso público para enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil, materializado no investimento em projetos elaborados em parceria com entidades que são referência no assunto, que inclui campanhas contra o assédio e podcast para motoristas parceiros sobre violência contra a mulher, entre outras ações. Em novembro, a Uber anunciou um investimento de R$ 5 milhões para continuidade desse compromisso ao longo dos próximos anos.