Após propor "pedágio", prefeito da Capital quer debater transporte metropolitano

Uma semana depois de apresentar um projeto de “pedágio” nas entradas de Porto Alegre, o prefeito Nelson Marchezan Júnior quer discutir a ideia com os prefeitos da região metropolitana. O mandatário porto-alegrense foi alvo de críticas de colegas de municípios vizinhos e da associação que representa as cidades pela proposta da “taxa de congestionamento”.

Foram convidados para a conversa o presidente da Granpal (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre), Miki Breier, que é o prefeito de Cachoeirinha, e os demais prefeitos. Conforme o governo da Capital, o objetivo é “discutir o futuro do transporte coletivo da Região Metropolitana”. O encontro deve ocorrer na próxima semana.

Além deles, Marchezan quer conversar sobre o tema com o TCE (Tribunal de Contas do Estado), MP (Ministério Público), Metroplan, e associações de transporte de passageiros da Capital e das cidades da região metropolitana.

Na ideia da Prefeitura, seria cobrada uma “taxa de congestionamento” para desincentivar o uso de carros e valorizar o transporte público. Veículos vindos de outras cidades pagariam um valor de R$ 4,70 para entrar e sair quantas vezes quiserem de Porto Alegre. O valor é igual a passagem de ônibus, ou um litro de gasolina.

A justificativa para tal medida seria o “excesso de veículos que circulam em Porto Alegre” causando congestionamentos. “Esse modelo é adotado em diversas cidades do mundo e vai ajudar a reduzir a tarifa em R$ 0,50”, justificou a administração municipal.