A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano de 2019 em 4,31%. A taxa é superior aos 3,75% observados em 2018, segundo dados divulgados hoje (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro Geografia e Estatística). O número final de 2019 aponta o maior índice desde 2016, de acordo com o IBGE.
A alta da inflação no final do ano teve causa na disparada do preço da carne. Em dezembro, o IPCA ficou em 1,15%, acima do 0,51% de novembro e do 0,15% de dezembro do ano anterior. Esse é o maior resultado para o mês desde 2002 (2,10%).
O índice apresentado pelo IBGE ficou acima das expectativas. O mercado previa inflação de 4,13%. Apesar de ter ficado acima do centro da meta, a inflação oficial ficou dentro do limite de variação. A baliza é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional.
O preço da carne no Brasil, com alta de 18,06%, contribuiu para esse registro e puxou a marca de 3,38% no grupo de alimentação e bebidas. Foi a maior variação mensal para o setor desde dezembro de 2002. As carnes variaram 32,40%, sendo que 27,61% foram no último bimestre.
Outros gêneros alimentícios também tiveram aumento, como o frango (5,08%), pescados (2,37%), feijão-carioca (23,35%) e tomate (21,69%). Por outro lado, a cebola teve queda de 8,76%, assim como o pão francês, com 0,68%. A alimentação fora de domicílio foi impactada em 1,04%, com altas em refeição, de 1,31%, e lanche, de 0,94%.
