Sobe para 26 mil número de casos de queimaduras por águas-vivas no Litoral Norte

Subiu exponencialmente o número de pessoas que tiveram queimaduras por causa de águas-vivas no Litoral do Rio Grande do Sul. Entre o dia 21 e o Natal eram 2,3 pessoas que tiveram ferimentos por causa das medusas. Mas, até ontem (29), eram 26 mil casos de queimaduras por causa dos bichos. Os dados são da Operação RS Verão Total.

Durante todo o último veraneio, de dezembro de 2018 a março deste ano, o total de casos chegou a marca de 111 mil. O pior que não tem hora e nem lugar para os acidentes ocorrem, conforme o Corpo de Bombeiros.

O vinagre, que alivia os sintomas da lesão, tem sido comprado pelos próprios bombeiros e, mesmo assim, não tem sido suficiente para atender o número de pessoas machucadas pelas medusas. O estoque comprado pelo governo, cerca de 900 litros, já acabou e só deve ser reposto depois do Ano-Novo.

Por conta do problema, o Corpo de Bombeiros orienta os veranistas levarem uma garrafa com vinagre e borrifador. Placas na beira da praia alertam os pontos onde as medusas apareceram.

Cuidados

O contato com as águas-vivas pode causar dor intensa, ardência, lesões e bolhas na pele. A bióloga Kátia Moura, do CIT (Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul), aponta que, em caso de contato com os animais, os banhistas devem lavar o local com água do mar e fazer compressas com vinagre.

“Nunca se deve usar água doce, pois ela piora a situação, estourando bolhas tóxicas que a água-viva possui”, frisa. “O vinagre é a principal forma de agir, pois consegue neutralizar as toxinas”, completa.

Caso algum tentáculo fique grudado na pele, ela acrescenta que a pessoa não o puxe quando estiver fora da água. “Se precisar, faça isso ainda dentro do mar, com a área submersa. Caso já esteja na areia, só puxe se puder ir molhando o local com o vinagre”, orienta Kátia.

Não devem ser aplicadas substâncias sem indicação médica nem pisar ou manipular animais mortos na beira da praia, pois eles ainda podem causar acidentes.

Caso persista a vermelhidão e/ou dor no local, a recomendação é procurar atendimento médico. O CIT também pode dar mais orientações pelo plantão 24 horas (inclusive feriados, sábados e domingos) pelo telefone 0800-721-3000.