Morte de turista gaúcho não tem relação com obras, diz Prefeitura de Floripa

A morte por afogamento do turista gaúcho, Anderson Francisco de Souza Martins, de 51 anos, morador de Porto Alegre, não tem relação com as obras de ampliação da Praia de Canasvieiras, de acordo com a prefeitura do município.

A morte por afogamento do turista gaúcho, Anderson Francisco de Souza Martins, de 51 anos, morador de Porto Alegre, não tem relação com as obras de ampliação da Praia de Canasvieiras em Florianópolis. Ao menos é o que diz a prefeitura do município.

O balneário considerado de águas tranquilas e sem ondas entrou no centro dos debates após a morte do homem e de outro afogamento registrado nesta quinta-feira (26) de outro turista, desta vez de Minas Gerais. Entre as promessas de uma reunião realizada está a ampliação da estrutura de guarda-vidas, já que o local onde houve a morte estava sem monitoramento.

Para o oceanógrafo Rafael Bonanata, um dos maiores especialistas em engordamento de faixa de areia do Brasil e que trabalhou no projeto, os indícios da causa do afogamento não possuem relação com a obra que está sendo executada na praia. “A nossa vasta experiência nesse tipo de obra mostra que não há qualquer relação entre o engordamento da praia e a eventual formação de buracos ou poços nas áreas contíguas, ao contrário, o que pode ocorrer é deposição e não erosão”, explica Bonanata.

Já a empresa DTA Engenharia, responsável pela obra de R$ 10,5 milhões, reforçou que estão sendo realizados testes e as análises não demonstram mudanças drásticas de profundidade ao longo do perfil praia.

Faixa de areia pequena

Foto: Robson Ramos

As obras de engordamento da Praia de Canasvieiras vão proporcionar um aumento da faixa de areia em até 40 metros. O balneário estava quase desaparecendo em virtude do aumento do nível do mar na região do Norte da Ilha de Santa Catarina. Para o trabalho é empregado um navio draga que possui um braço que é colocado no fundo do oceano e recolhe da jazida a areia. Quando o porão está cheio, ela navega ao ponto de encontro da canalização e se conecta para empurrar a areia para a praia, onde máquinas retroescavadeiras fazem o assentamento do material

A ordem de serviço para o trabalho foi assinada no dia 21 de agosto e as obras devem encerrar somente na primeira quinzena de janeiro de 2020, já que houve atrasos nas licenças ambientais e um problemas que tirou a draga de operação por uma semana neste mês de dezembro.