Famílias são retiradas de casa após risco de ruptura de barragem em São Gabriel

Estrutura fica no interior do município. Conforme Defesa Civil, não há risco iminente de que o vazamento chegue à cidade de São Gabriel.

Duas famílias tiveram que deixar suas casas pelo risco da ruptura de uma barragem em São Gabriel, na Fronteira Oeste. No entanto, conforme a Defesa Civil, a estrutura se estabilizou. Um dreno foi feito na região para conter o risco de ruptura.

Conforme a Defesa Civil, as chuvas intensas e frequentes provocaram a erosão avançada do talude da barragem. A pequena represa fica em um assentamento do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), na zona rural.

Desde a constatação do risco de rompimento, vários órgãos vem agindo para evitar um acidente mais grave. Foram mobilizados agentes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura).

Conforme o DRH (Departamento de Recursos Hídricos) da Sema, a barragem não tem outorga para uso de água. A Prefeitura de São Gabriel foi informada da situação e deve realizar avisos sobre a situação do reservatório.

Já o proprietário da barragem também será notificado, pois é o responsável pela manutenção e segurança da estrutura.

A Defesa Civil municipal prepara um abrigo, caso a comunidade que vive no assentamento precise sair de suas casas. No entanto, não há risco iminente de que o vazamento chegue à cidade de São Gabriel.

Estado trabalha para identificar e coibir problemas em barragens

Desde o início do ano, o governo do Estado trabalha para reduzir situações como a registrada em São Gabriel.

Uma das medidas foi a criação de um Grupo de Trabalho (GT) de Segurança de Barragens, composto por profissionais do DRH da Sema. A atividade, instituída pelo governador Eduardo Leite, visa o aperfeiçoamento da política nacional de segurança de barragens no RS.

Um dos resultados já está pronto. É o relatório feito a partir de vistorias realizadas em barragens de nível I – com altura maior que 15 metros de taipa e/ou volume superior a 7 milhões de metros cúbicos. Doze profissionais do DRH participaram do estudo, entre eles geólogos, geógrafo, engenheiros agrônomos e civis.

As vistorias ocorreram entre 1° de abril e 25 de maio deste ano, totalizando 31 barragens vistoriadas em 19 municípios do Rio Grande do Sul. As principais anomalias encontradas foram erosões, árvores e arbustos, formigueiros, afundamentos, buracos e falhas no enrocamento. Após a finalização das vistorias, o DRH encaminhou ofício aos empreendedores responsáveis com as principais anomalias constatadas e as providências que deverão ser tomadas.