Exportações do agronegócio gaúcho crescem 5,7% no terceiro trimestre

As exportações do agronegócio gaúcho somaram US$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre de 2019, uma alta de 5,7% em comparação com o mesmo período de 2018.

O resultado positivo entre julho e setembro deste ano foi alavancado pelo setor de carnes (alta de US$ 174,8 milhões nas vendas; + 61,7%), fumo (aumento de US$ 170,2 milhões; + 45,5%) e produtos florestais (alta de US$ 110,6 milhões; + 69,4%).

Principal item da pauta de exportações gaúcha, o complexo soja apresentou queda de US$ 283 milhões nos embarques, uma redução de 16,1%.

Os dados fazem parte do estudo Indicadores do Agronegócio do RS: exportações e emprego formal, divulgado nesta quarta-feira (13) pela Seplag (Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão).

O levantamento mostra que a demanda chinesa segue como principal fator de impacto na variação das vendas externas do Estado. Afetado pelo registro da peste suína africana, o rebanho doméstico de suínos do país asiático sofreu forte redução, o que impactou diretamente nos números do Rio Grande do Sul.

A China é a principal responsável pela elevação nas importações de fumo (+ 774% em valor) e dos produtos florestais, em especial a celulose. Segundo o estudo, foi registrado alta de 184% no período, puxada pela demanda do país asiático e da União Europeia.

Principais destinos

A China (49,8%), União Europeia (15,6%) e Estados Unidos (4,1%) seguem os principais destinos das exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul, seguidos por Arábia Saudita (3,1%), Irã (2,5%), Argentina (1,7%) e Coreia do Sul (1,4%).

No acumulado do ano, as vendas externas gaúchas somaram US$ 8,4 bilhões, redução de 7,8% em relação a igual período de 2018.

O total é influenciado pela queda nos embarques do complexo soja, com redução de US$ 1,7 bilhão ou 35,3% na comparação com igual período de 2018.

Na contramão do movimento geral de queda das exportações, os setores de produtos florestais (mais 483,8 milhões; + 58,8%) e fumo (mais US$ 334,9 milhões; + 33,3%) registraram as maiores altas nas vendas.