Autor de ataque em Londres já cumpria pena por terrorismo; 2 pessoas morreram

O autor do atentado na London Bridge que deixou dois mortos na sexta-feira (29) foi identificado como Usman Khan, de 28 anos. Ele havia passado seis anos na prisão por crimes relacionados a terrorismo e estava solto desde o ano passado.

Morador de Staffordshire, na Inglaterra, e de origem paquistanesa, Khan foi condenado em 2012 a 16 anos de prisão por integrar um grupo inspirado na rede terrorista Al Qaeda. Libertado em dezembro de 2018, sob condicional, após cumprir menos da metade da pena, ele portava um bracelete eletrônico de vigilância policial.

A liberdade antecipada de Khan fez com que surgisse uma polêmica no Reino Unido envolvendo os sistemas de segurança do país.

O primeiro-ministro Boris Johnson fez um apelo na noite de ontem para que as penas por crimes graves sejam cumpridas totalmente. Já o ex-chefe do departamento antiterrorismo Chris Phillips acusou o sistema judiciário local de “brincar de roleta russa” com a segurança dos cidadãos.

Antes de cometer o atentado, Khan participou de um evento em Londres organizado pela Learning Together, uma associação com sede em Cambridge que atua na educação de detentos.

Usman Khan, armado com uma faca e vestindo um colete explosivo falso, matou duas pessoas – um homem e uma mulher – e feriu seriamente outras três, na tarde de ontem, na London Bridge.

Um grupo de pedestres, porém, conseguiu imobilizar o agressor antes da chegada da polícia, que o matou a tiros. Imagens de um vídeo da London Bridge mostram que um dos pedestres usou até um extintor de incêndio contra Khan.

Herói 

O britânico James Ford, de 42 anos, foi identificado como um dos “heróis” do atentado. No entanto, seu nome tem gerado polêmica, pois ele foi condenado à prisão perpétua em abril de 2004 pelo homicídio da jovem Amanda Champion, de 21 anos. Fontes do governo britânico confirmaram que ele estava na ponte no momento do atentado.

A família de Champion, porém, demonstrou “raiva” e “choque” por Ford estar em liberdade. “Ele não é um herói. É um assassino em liberdade vigiada e nós não sabíamos de nada da sua soltura”, disse Angela Cox, tia da jovem. “Ele matou uma jovem deficiente, absolutamente, não é um herói”, vociferou.