Vereador de Porto Alegre é preso pela Polícia Civil sob suspeita de extorsão

A Polícia Civil prendeu, na manhã desta terça-feira (1), o vereador de Porto Alegre André Carús (MDB). O político é um dos alvos de uma operação da Polícia Civil que investiga suposta extorsão por parte dele. Além do gabinete de Carús na Câmara de Vereadores, os policiais fizeram buscas na casa dele e em outros endereços.

Conforme a Polícia Civil, a ação de hoje é resultado de denúncias feitas contra o vereador. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e três de prisão.

De acordo com as denúncias, assessores estariam sendo obrigados a tirarem empréstimos consignados e entregar o dinheiro para Carús. O intuito seria saldar “dívidas pessoais alegadamente contraídas pelo agente político”. O vereador nega as acusações.

A operação foi deflagrada por volta das 7h da manhã, quando viaturas chegaram no apartamento de Carús, no bairro Santo Antônio. O vereador deixou sua residência, já na condição de preso, por volta das 8h30. Os outros dois presos, que não tiveram os nomes divulgados, são servidores municipais que não trabalham no gabinete do parlamentar. No entanto, segundo a Polícia Civil, eles têm relação “estreita” com o parlamentar.

Carús foi eleito em 2016 para seu primeiro mandato de vereador. Ele já havia sido diretor-geral do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana) por três anos na gestão de José Fortunati (à época no PDT). Em agosto, o vereador havia sido escolhido como presidente do diretório porto-alegrense do MDB. O mandato vai até 2021.

Câmara emite nota

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre emitiu nota, afirmando que se prontificou a colaborar com as investigações da Polícia Civil. Leia a íntegra.

A presidência da Câmara Municipal de Porto Alegre tomou conhecimento, na manhã desta terça-feira (1°/10), da prisão provisória do vereador André Carús (MDB) em decorrência da investigação iniciada pela Polícia Civil por suposto envolvimento na prática de obtenção de empréstimos consignados por parte de servidores vinculados ao vereador.

Nesta fase do procedimento, a Câmara Municipal de Porto Alegre se prontificou a colaborar com a Polícia Civil para a ampla investigação dos fatos.

A Câmara Municipal de Porto Alegre aguarda as investigações para adotar as medidas cabíveis no âmbito interno.

Vereadora Mônica Leal (PP)
Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre