Caminhos da Reportagem mostra situação de imigrantes no Brasil

O coração de um refugiado africano bate mais forte quando é parado pela polícia. “Eles me disseram que aqui no Brasil a maioria dos bandidos é preta. Por isso também fui seguido pelo segurança de um supermercado, e alguns moleques me chamaram de macaco”, diz Shambuyi Wetu, artista da República Democrática do Congo. Agora ele diz que sabe quando e onde pode andar sem medo. Sua sobrevivência vem da venda de quadros ao exterior e das palestras para levar o conhecimento da história do país de origem.

O Caminhos da Reportagem mostra como imigrantes, os que escolheram e os que se surpreenderam ao descer no Porto de Santos, estão adaptados no Brasil. A família de Salim Alnazer ganhou mais qualidade de vida depois que o refugiado sírio teve o diploma de farmacêutico revalidado. A oferta de trabalho aumentou para Rawa Alsagheer, refugiada palestina de 23 anos, depois que aprendeu o português. Ela faz contação de histórias árabes para crianças, oficinas de danças e outros trabalhos relacionados à cultura dos palestinos.

O togolês Kawamivi Etiam começou como atendente e já foi promovido para caixa na bomboniere de um cinema em São Paulo. Ele também dá aulas particulares de francês. “Eu gosto do Brasil desde criança. Tem gente que prefere viajar para Nova York, França, mas eu gosto do Brasil”, diz o africano distribuindo sorrisos enquanto serve pipoca. Fugindo de uma guerra que começou em 2011,

Kaysar Dadour  trabalhou como carregador de contêiner de tecidos em Curitiba, participou do BBB, de novelas da Globo e a estreia no cinema está prevista para final de novembro com “Carcereiros, o Filme”. Ele diz “Neste braço (mostrando o direito) corre sangue sírio, neste outro, sangue brasileiro”.