Criminoso que matou jovem no saguão do Salgado Filho vai a júri nesta quinta

O crime será julgado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Alegre. A sessão começa às 9h30.

Vai a júri, a partir desta quinta-feira (18), o bandido que matou um jovem dentro do Terminal 2 do Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre. A execução, durante a manhã do dia 19 de setembro de 2016, causou choque e perplexidade pelos motivos e onde foi feita.

O crime será julgado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Alegre. A sessão começa às 9h30.

Conforme a denúncia, Diego da Silva Severo, 28 anos, cometeu o homicídio qualificado pelos motivos torpe e fútil. A execução ocorreu mediante meio que resultou em perigo comum, por emboscada e com uso de recurso que dificultou a defesa.

Como foi o crime

Em 19 de setembro de 2016, por volta das 11h, Marlon chegou ao saguão do Terminal 2 do Aeroporto Salgado Filho. Ele estava acompanhado de dois amigos e o padrasto. O jovem embarcaria em um avião com destino ao Espírito Santo, para visitar sua avó. Quando a vítima estava no portão de embarque, se despedindo de um de seus amigos, Diego e um comparsa adolescente atiraram várias vezes contra a vítima e fugiram.

De acordo com a denúncia, o crime foi praticado por motivo torpe, uma vez que cometido em razão de disputas comerciais pelo domínio do tráfico de drogas, em extremo desvalor à vida humana. Também foi praticado por motivo fútil, pois a vítima namorava uma jovem que morava em região dominada pela facção criminosa rival, conforme o MP. O homicídio foi praticado por meio que gerou perigo, com tiros sendo feitos no saguão de um Aeroporto.

Conforme o MP, o assassinato ainda foi praticado de emboscada, já que o denunciado aguardava a chegada da vítima no terminal de embarque, em campana em uma lanchonete, onde poderiam ter fácil visualização da movimentação de Marlon e dificilmente seriam alvos de suspeita. Ainda, foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, que estava em local público, na companhia de seus amigos, desprevenida, não aguardando nenhum mal e não pode reagir.

O denunciado também responde pela tentativa de homicídio cinco vezes qualificada contra José Henrique Simões da Silva, amigo de Marlon, que foi atingido de raspão por um dos tiros. Ele ainda será julgado pelos crimes de receptação, adulteração de sinal de veículo automotor e corrupção de adolescente.

https://youtu.be/P9mCXPWmIns