Alunos-soldados da Brigada Militar se tornam doadores de medula

Alunos-soldados da Escola de Formação e Especialização de Soldados de Osório passaram a integrar, nesta quinta-feira (4), o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea.

Dos 147 alunos-soldados presentes na escola, 101 se tornaram doadores de medula ao terem uma amostra do sangue coletada.  De acordo com a Brigada, alguns alunos-soldados já eram cadastrados.

Uma equipe do Hemocentro do Estado e o presidente do Instituto Pietro, Beto Albuquerque, estiveram no local. Eles realizaram uma palestra e cadastraram os doadores de medula óssea.

O Instituto Pietro foi criado em março deste ano, em Porto Alegre, para dar suporte a pacientes com leucemia, aos transplantados e familiares. E também incentivar a pesquisa e apoiar hospitais transplantadores.

Pietro, que dá nome ao instituto, era filho do ex-deputado federal Beto Albuquerque. Ele faleceu em decorrência de leucemia em 2009.

O transplante de medula é indicado para pacientes acometidos de leucemia, linfomas, anemias graves e imunodeficiências congênitas, além de outras 70 doenças relacionadas aos sistemas sanguíneo e imunológico.

No Brasil, são identificados mais de 10 mil casos de leucemias por ano, e ocorrem em torno de 3,5 mil transplantes todo ano.

As chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos do mesmo pai e da mesma mãe é de 25%. Quando não existe esse doador entre irmãos ou parente próximo, como os pais, há necessidade de procurar um doador compatível entre grupos étnicos semelhantes.

Para ser doador, é preciso ter entre 18 e 55 anos, boa saúde e não ser portador de doenças infecciosas ou hematológicas. O cadastrado pode ser chamado para realizar a doação até os 60 anos de idade.