Safra do milho deve ser 25% maior que a anterior

Safra do milho deve ser 25% maior que a anterior

A colheita do milho alcançou 87% da área cultivada no Rio Grande do Sul, de acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar. Dez por cento das áreas estão maduras e por colher e 3%, em enchimento de grãos.

A produtividade média estadual chega a 7.482 quilos por hectare. A produção poderá alcançar 5,6 milhões de toneladas, superando em 24,53% a da safra passada.

Na Fronteira Oeste e Campanha, a produtividade das lavouras de milho destinadas à produção de grãos varia de 60 a 80 sacas por hectare. Nas lavouras para silagem, varia entre 15 e 25 toneladas por hectare.

Soja

Maior commodity produzida no RS, a soja tem 95% da área colhida, com produtividade média de até 3.218 quilos por hectare, somando produção de cerca de 18,7 milhões de toneladas.

Na Fronteira Noroeste e Missões, a produtividade média supera a expectativa inicial e atinge 3,3 toneladas por hectare. A colheita está concluída na maioria das propriedades, restando a soja safrinha, onde a alta incidência de ferrugem asiática tem comprometido a produtividade de lavouras, com perda total, sendo inclusive abandonadas pelos agricultores.
Isso reacende a discussão sobre a conveniência do plantio fora de época e a necessidade da adoção do vazio sanitário.

Olerícolas e frutícolas

Batata

No município de Ibiraiaras, com o clima favorável à cultura, os produtores realizam monitoramento e tratamentos fitossanitários nas lavouras. A área estimada com a segunda safra de batata no município é de 650 hectares. As lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo. As plantadas mais cedo estão em fase de formação de tubérculos. Alguns produtores realizam a dessecação da rama para antecipar a colheita, prevista para começar na primeira quinzena de maio.

Banana

Na região do Litoral Norte, especialmente nos municípios de Morrinhos do Sul, Três Cachoeiras, Mampituba, Dom Pedro de Alcântara e Torres, os pomares retomam a produção por conta da curva natural do clima.

Estima-se redução aproximada de 15% na produtividade. O mercado apresenta-se com pouca oferta, tanto da produção gaúcha como de outros Estados. O produto segue com tendência de alta nas cotações.

Citricultura

Na Serra, a ausência de temperaturas mais baixas interfere nos pomares de citros. A maturação das variedades mais precoces, como as laranja-do-céu, bahianinha e as bergamotas caí e ponkan, está atrasada e bastante lenta.

Na fitossanidade, o controle da principal fitopatia (pinta preta) vem exigindo mais atenção do que o normal para esta época do ano. Contudo, a maior preocupação dos citricultores é a principal praga da fruticultura na região serrana, a mosca-das-frutas.

A intensidade do ataque vem aumentando celeremente, não só nas cultivares em maturação, mas também nas frutas tardias, como a laranja-de-umbigo Monte Parnaso. As frutas afetadas, mesmo verdes, acabam perdidas, interferindo nas produtividades dos pomares.