O nome dela é Ana, mas também é Pirilampa

O nome dela é Ana, um belo nome para uma menina – agora com 3 anos. Mas antes do seu nascimento, ficou conhecida “palhacinha Pirilampa”. É que a mãe, Cris Clezar, atriz, estava se apresentando no Gasômetro, em Porto Alegre, com sua trupe de Clown (palhaços) Saída de Emergência, quando o bebê mexeu pela primeira vez em sua barriga.

Ao contrário de quem tem uma gravidez normal, a atriz teve o período cheio de percalços e não tinha certeza se o feto estava bem. “Foi uma emoção e uma surpresa, que quando saí da caixa, no meio da apresentação que não era falada, eu berrei: Mexeu! Meu filho mexeu! Uma colega aproveitou a deixa e consertou, emendando: Mexeu, a palhacinha Pirilampa mexeu, tem mais uma palhacinha na turma!”, relembra.

Foto: Arquivo Pessoal

“Depois disso, sempre me referia a ela por Pirilampa. Meu chá de fralda foi de palhacinho, e até hoje tem gente que acha que o nome dela é Pirilampa. Tem quem me pare e pergunte o porquê do nome. Meu pai chama de ‘Piri’ porque Pirilampa é muito grande. Aí pegou mesmo, todo mundo chama ela de Piri”, comenta agora divertindo-se com a situação. Mas o processo de gravidez não foi nada fácil para Cris que já tinha dois filhos: Hanna e Jian.

Alguns meses antes de saber da nova gestação, a atriz havia feito uma cirurgia bariátrica e sofria com problemas no útero. Precisava fazer a retirada do órgão em razão de miomas e de uma endometriose. Uma nova gravidez era totalmente contra-indicada. Para piorar a situação, usava DIU (Dispositivo Intrauterino) como método anticoncepcional.

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Foi durante os exames para a retirada do útero que ficou sabendo da gravidez. “A médica que me examinou disse que não poderia fazer a retirada do meu útero porque ele estava sendo utilizado. Pensei logo em câncer, que ia morrer, comecei a chorar, mas daí ela disse ‘não, está ocupado porque você está grávida de 12 semanas!'”. Naquele momento, Cris, ficou perplexa, pois não havia planejado e nem esperava engravidar novamente, além disso sua saúde estava em risco.

Depois do choque, Cris resolveu manter a gravidez, mas mais um problema: a retirada do DIU. Em alguns casos, a mulher pode seguir com o dispositivo até o fim da gravidez, mas não era o seu caso. Era realmente necessário retirá-lo, e as chances de a criança sobreviver eram baixas. “Eu olhei pra cima, fechei os olhos e pensei: Senhor, seja feita sua vontade!. Quando o médico retirou o DIU eu tive uma hemorragia e o ele disse que muito possivelmente eu iria ter um aborto, mas me deixou em observação e resolveu fazer uma ecografia. Foi uma coisa incrível, porque ela estava mexendo os bracinhos”, relembra emocionada.

“O médico disse pra eu ficar calma: ‘depois dessa, essa criança só vai sair quando quiser'”. Ana nasceu com 39 semanas, saudável, para alegria da família.