É de conhecimento público que o álcool deve ser evitado no período que antecede a realização de exames de sangue e até de fezes. Quando consumido em pouca quantidade, a bebida pode gerar falsos resultados para a detecção de taxas de triglicerídeos, por exemplo, e, quando em larga escala, pode atrapalhar a leitura de testes como o de ácido úrico, ferritina e o GGT, que avalia o funcionamento do fígado e pode identificar possíveis alterações hepáticas.
Uma dose de uísque ou uma taça de vinho já podem afetar os resultados. Isso porque quase 90% do álcool é eliminado graças ao metabolismo do fígado, sendo o restante excretado por meio dos rins e evaporação.
Um fígado em bom funcionamento leva uma hora para eliminar uma unidade de álcool, que está presente em 30 ml de uísque. Porém, este período é relativo, e pode apresentar diferenças dependendo do tipo de álcool e do organismo da pessoa.
“Se uma pessoa ingere 250 ml de vinho, o corpo necessita de três horas completas para metabolizar o álcool, cerca de 500 ml de cerveja equivalem a um pouco mais de 2 horas e uma cerveja forte pode levar o dobro. Para efeitos de comparação, até 12 horas depois de ingerir álcool, o teste de bafômetro pode detectar resíduos da bebida, por exemplo”, afirma a Dra. Kátia Zanotelli Fassina, assessora médica em hematologia e responsável técnica do Weinmann.
E não são somente os testes de sangue que podem ser afetados. Os riscos de falseamento de resultados podem acontecer ainda em exames de fezes. “A pesquisa de sangue oculto nas fezes é utilizada para auxiliar o diagnóstico de doenças do intestino em que exista sangramento. Como o álcool pode causar sangramento do estômago por irritação, sua ingestão em grande quantidade é desaconselhada para quem vai fazer este tipo de teste”, avalia Fassina.
Características como o peso, idade, gênero, o tipo de álcool ingerido, e o estado de saúde dos órgãos determinam consideravelmente o tempo para eliminar o álcool do sangue. “O ideal é que, antes de visitar o laboratório, a pessoa evite o consumo da bebida por até três dias”, conclui a médica.
Weinmann
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