Ministro quer atrair investimentos privados para Jardim Botânico do RJ

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, disse hoje (6) que pretende atrair o setor privado para investir no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Após visitar o local, ele afirmou que conversou com os diretores sobre um plano de ação que visa contem...

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, disse hoje (6) que pretende atrair o setor privado para investir no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Após visitar o local, ele afirmou que conversou com os diretores sobre um plano de ação que visa contemplar as principais necessidades.

“Há uma série de pesquisas e trabalhos que são desenvolvidos pelo Jardim Botânico que têm aplicação direta ou indireta pelos setores econômicos e que servem de informações para atividades de desenvolvimento”, disse o ministro.

Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, o Jardim Botânico permite que o visitante observe milhares de espécies da flora brasileira e estrangeira. O local abriga, por exemplo, um herbária com cerca de 750 mil amostra e bromeliário com 15 mil espécimes. É também um instituto de pesquisa que atua com o objetivo de subsidiar Política Nacional de Biodiversidade e de promover a difusão científica de interesse da botânica.

“Ao patrocinar esses estudos, o setor privado vai ter mais uma fonte de informações e de referência para suas atividades, para o licenciamento ambiental, enfim, para uma série de medidas. É aliar o trabalho do setor de pesquisa com as necessidades de desenvolvimento do país nessas áreas específicas de conhecimentos”, acrescentou Sales.

Entre outras medidas que foram discutidas, ele citou o aumento de investimentos, a conversão de multas em favor das pesquisas e as questões fundiárias. Há cerca de três décadas, existe um litígio entre centenas de moradores do bairro Horto e o Jardim Botânico. Eles vivem em terrenos que o Jardim Botânico cedeu no passado a seus funcionários para que eles pudessem viver perto do trabalho.

Os imóveis foram sendo herdados por familiares, alguns foram vendidos. Posteriormente, a área foi reivindicada para expansão do Jardim Botânico, mas os moradores da comunidade que se formou lutam contra o despejo. A questão se arrasta na Justiça. “Com relação às ocupações é um esforço jurídico entre os diversos órgãos, como o Instituto do Patrimônio Histórico [Iphan], o próprio Jardim Botânico, o ministério”, disse Sales.