Ossada encontrada em Palmeira das Missões seria de contadora desaparecida

Um morador de Palmeira das Missões encontrou, na manhã desta segunda-feira (21), uma ossada de mulher, às margens da BR-158, próximo a divisa do município com Condor, na região Central do Estado. O cadáver foi encontrado em um matagal próximo a uma lavoura de soja, Segundo a Polícia Civil, a ossada, que estava parcialmente enterrada, seria de Sandra Mara Trentin, contadora desaparecida há quase um ano.

Junto dos restos mortais, foram localizados documentos com o nome de Sandra, além de roupas semelhantes às que ela usava. Técnicos do IGP (Instituto-Geral de Perícias) estiveram no local e recolheram o corpo, para fazer exames e verificar, em prazo indeterminado, se a ossada é realmente da mulher desaparecida. Conforme as investigações, ela teria sido morta a tiros, em um local ermo.

Sandra Mara Trentin, de 48 anos, desapareceu em 30 de janeiro de 2018, após sair do escritório de contabilidade no qual era sócia do marido, em Boa Vista das Missões. Horas depois, ela chegou a ser vista em Palmeira das Missões, mas não foi mais encontrada. O carro da contadora chegou a ser localizado estacionado em uma rua, com o chip do celular e documentos dela dentro. Para o Ministério Público, o assassinato de Sandra teria ocorrido entre 30 de janeiro e 17 de fevereiro de 2018.

Após a investigação do caso, ainda em fevereiro, a Polícia Civil denunciou o marido de Sandra, Paulo Landfeldt, e Ismael Bonetto, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os dois foram presos, no entanto Landfeldt, vereador de Boa Vista das Missões, nega ter participado do crime. Ele conseguiu um habeas corpus e foi liberado. O político seria o mandante da morte da mulher, tendo contratado Ismael para executar o crime. A tese foi confirmada por Ismael ao ser preso em Santa Catarina.

A ossada encontrada nesta segunda-feira foi localizada a cerca de 40 quilômetros do local onde a mulher foi vista pela última vez. O caso aguarda decisão judicial sobre pronúncia ou não dos réus, que podem ser levados a Júri popular. Conforme o MP, o vereador queria o fim do casamento com a contadora sem a necessidade de partilha do patrimônio do casal. Paulo teria pago R$ 40 mil a Ismael.