Professoras de escolas municipais de Pantano Grande e Santiago foram as educadoras destaques agraciadas com o Prêmio Fala, Professor! (2018).
Em uma grande festa, com as seis professoras finalistas e seus alunos com torcidas organizadas, a cerimônia de premiação aconteceu no Clube do Comércio em São Jerônimo.
O prêmio foi uma iniciativa do empresário Otelio Drebes, apaixonado por aprender e movido a desafios, aos 84 anos, lançou um concurso que foi um sucesso para valorizar a profissão de professor.
Em apenas cinco meses de inscrições, 423 projetos de escolas municipais foram inscritos nas mais de 30 cidades em que Drebes fez palestras durante o período.
A professora destaque na categoria Anos Iniciais do Ensino Fundamental foi Rosangela Rosa Lopes da Escola Municipal de Pantano Grande com o projeto “Alfabetização através da música e meditação – ALFAMUME”.
O objetivo do projeto é ensinar aos alunos práticas da meditação para cultivar a consciência corporal, melhorar a respiração, concentração e atenção plena aos sentimentos e pensamentos.
As atividades são lúdicas, com leituras de textos e sessões adaptadas de acordo com a faixa etária dos alunos. “O projeto não é só meu, ele é do município, ele é das famílias, ele não trabalha só a alfabetização através da música e meditação, ele trabalha o amor, o amor ao próximo”, discursou a professora Rosangela Rosa Lopes na premiação.
Já na categoria Anos Finais, a professora destaque foi Márcia Batista Menezes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Sebastião Colpo de Santiago com o projeto “Sustentabilidade Energia Renovável – SER”.
O objetivo do projeto é implementar ações que visem o conhecimento dos alunos nas questões ambientais, demonstrando de forma prática e objetiva possibilidades de aproveitamento de recursos naturais, para um bem próprio e coletivo.
Algumas das ações realizadas no colégio foram as instalações de calhas para captar água da chuva, composteira e minhocário. “A gente fez o projeto pensando numa ação que saísse do papel, que refletisse na comunidade, e nós conseguimos, motivou todos. A referência que o aluno tem dentro da escola é muito grande, a gente abre os caminhos, dá luz, a escola tem que fazer o aluno pensar no futuro”, ressaltou Márcia Batista Menezes.
As duas professoras destaques, os diretores das escolas vencedoras e secretários de educação dos municípios foram premiados com uma viagem a um resort all inclusive na Bahia e mais R$ 2 mil, além disso as escolas dos projetos vencedores receberão R$ 10 mil (cada) a ser usado para melhorias na instituição.
As outras quatro professoras finalistas de Canoas, Viamão, Taquari, e Guaíba ganharam um final de semana em Gramado. Mas a torcida ainda não acabou para elas, ainda haverá uma terceira vencedora através da votação popular no Facebook, o “Prêmio Fala, Professor” (2018) terá mais uma etapa.
Os quatro projetos finalistas que não foram contemplados como destaque passarão por uma votação popular. Durante um mês, no período de 08 de dezembro até 08 de janeiro de 2019, a comunidade escolar poderá votar no projeto da sua professora.
Os vídeos dos quatro projetos serão disponibilizados na página do Facebook do Otelio Drebes. Para votar basta indicar o nome da escola. O Projeto mais votado ganhará para sua escola o valor de R$ 3 mil para investimento em melhorias necessárias, e o professor responsável ganhará R$ 2 mil.
O prêmio promovido pelo fundador das Lojas Lebes visou incentivar projetos de impacto social realizados em escolas municipais e valorizar os professores. Os projetos foram avaliados por uma comissão de 41 especialistas em educação.
Nesta edição participaram as cidades nas quais o empresário realizou palestra entre o final do mês de maio a 31 de outubro. “Estou vivendo o melhor momento da minha vida, eu sou movido a desafios, agora eu quero degustar esse projeto que foi um sucesso. A meta era 200 projetos inscritos, recebemos mais de 400”, revelou Drebes.
Na ocasião, Drebes homenageou sua primeira professora, Pedrinha aos 96 anos estava presente e aplaudiu o aluno prodígio.
“Pedrinha foi a primeira professora a me ensinar matemática, eu deixo o meu reconhecimento a todos os professores, esse trabalho merece todo o respeito e valorização”, finalizou.
São Jerônimo foi o município escolhido para o lançamento do Fala, Professor! em maio e, agora, para a cerimônia de premiação, por ser a cidade berço da rede de Lojas Lebes.
Conheça os outros projetos finalistas:
Projeto: “Fome de Ler” da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nancy Ferreira Pansera de Canoas.
Professora: Franciele da Silva
O objetivo do projeto é trazer todo ano um escritor para um sarau com os alunos, o projeto já está no nono ano. O trabalho se inicia no primeiro trimestre, quando se estabelece o contato com o escritor e a compra dos livros com recursos da escola. Os professores desenvolvem várias atividades como pintura, teatro, escrita de poemas inspirados nos livros, etc. No dia do bate-papo com o escritor, cada sala é decorada com a temática de um livro, há a exposição dos trabalhos e, através do teatro, o autor é recepcionado pelos personagens do seu livro.
Projeto: “A metodologia da escrita na melhoria do ensino da língua portuguesa” da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Rita de Cássia de Guaíba.
Professora: Simone Severo
O objetivo do projeto é despertar no aluno o aprimoramento da habilidade da escrita com a prática da reescrita dos seus textos e o interesse em se apropriar da língua padrão.
Projeto: “Expresso Brasil: uma viagem literária” da Escola Municipal de Ensino Fundamental La Salle de Taquari.
Professora: Fabiana de Paula Machado
O objetivo do projeto é desenvolver estratégias que sensibilize o aluno para a importância da leitura e da escrita no cotidiano, fomentar a pratica da leitura fora da escola e estimular a produção da escrita.
Projeto: “O mundo Saudável dos Temperos Ervas e Chás, Gastronomia Sustentável” da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Maria de Viamão.
Professora: Vanderléia de Souza
O objetivo do projeto é conscientizar os alunos e a comunidade sobre os riscos dos temperos industrializados e, a partir disso, educar sobre montagens de mini-hortas orgânicas e a adoção temperos livres de agrotóxicos e componentes químicos. Através das mini-hortas na escola, os alunos aprendem a plantar e colher os próprios temperos, ervas e chás, manter a cidade limpa e por consequência melhorar a qualidade de vida.
