Servidores da saúde de Canoas decidem por paralisação a partir de 5/12

Os funcionários do ramo da saúde ligados ao GAMP e ao Hospital Nossa Senhora das Graças alegam que há atrasos no pagamento de salários e nos direitos trabalhistas

Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, pode ficar sem atendimento de médicos e enfermeiros a partir do dia 5 de dezembro. Os funcionários do ramo da saúde ligados ao GAMP (Grupo de Apoio a Medicina Preventiva e à Saúde Pública) e ao HSNG (Hospital Nossa Senhora das Graças) decidiram parar as atividades a partir de quarta-feira.

Os trabalhadores alegam que há atrasos no pagamento de salários e nos direitos trabalhistas. A declaração de parada das atividades foi divulgada após assembleia realizada quatro categorias. Participaram do ato representantes do Sindisaúde-RS, Sergs, Sindifars e Sinttargs.

Com isso, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, radiologistas e trabalhadores de nível médio e técnico devem parar de atender a população a partir das 8h da manhã do dia 5.

O GAMP é responsável pelos atendimentos no HU (Hospital Universitário) e no HPSC (Hospital Pronto Socorro de Canoas). As UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) Rio Branco e Caçapava e nos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) em vários bairros também são geridos pelo Grupo.

Colapso na saúde

O sistema de saúde de Canoas vem entrando em colapso por causa do atraso nos repasses por parte do Governo do Estado. A Prefeitura cobra uma dívida de R$ 37 milhões do Piratini.

Desde o dia 19 de novembro os três hospitais da cidade só estão atendendo casos de emergência. A ação tem sido coordenada pela Secretaria de Saúde do município para evitar que a população fique totalmente desassistida.

Canoas atende, nos três hospitais da cidade, moradores 156 municípios de todo o Estado. Além dos atrasos, a Prefeitura tem reclamado do valor pago pelos atendimentos.