Perícia descartou que o ônibus que aparece em imagens de câmeras de videomonitoramento tenha causado a morte de uma mulher no bairro Santana, em Porto Alegre. O caso ocorreu na madrugada do sábado passado (24) e segue ainda sem solução por parte da Polícia Civil.
A verificação do ônibus foi solicitada pela Polícia Civil ao IGP (Instituto-Geral de Perícias).
As análises confirmaram que o veículo não teve envolvimento no atropelamento e, tampouco, se envolveu em acidentes. O coletivo pertence à Cootravipa (Cooperativa de Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre).
Os resultados das perícias corroboram com a versão dada pelo motorista do coletivo, em depoimento à Polícia Civil. Ele foi liberado após prestar os esclarecimentos.
Diante da exclusão do ônibus da investigação, a equipe da delegada Roberta Bertoldo busca novas imagens de câmeras da região para tentar esclarecer o caso. A princípio, o atropelamento não foi gravado por nenhuma câmera no entorno. Os agentes buscam também um ciclista que aparece nas imagens divulgadas no domingo.
De acordo com Imanjara de Paula, presidente da Cooperativa, a Cootravipa estava tranquila de que as perícias iriam corroborar o depoimento do motorista. A presidente destacou ainda que a cooperativa permanece, como sempre, à disposição dos órgãos competentes.
Entenda o caso
O atropelamento com morte ocorreu na esquina da Jerônimo de Ornellas com Santana, no início da manhã de sábado (24). Izabel Cristina Pessoa, 52 anos, foi atingida por um veículo e morreu na hora. Ela teve fratura nas duas pernas.
Perícia feita no local do acidente indicou que ela foi atingida por um veículo de médio a grande porte. O caso é tratado como crime de trânsito porque o autor do atropelamento fugiu do local sem prestar socorro.
Imagens de uma câmera de videomonitoramento gravaram quando o ônibus da Cootravipa passou pelo cruzamento às 05h36 da manhã. A Polícia Civil suspeita que o atropelamento ocorreu entre 5h30 e 5h45. A Brigada Militar foi chamada para atender a ocorrência por volta de 5h45 da manhã.
O ônibus gravado pertence à Contravipa, que presta serviços ao DMLU. No entanto, o veículo ainda possui a pintura-padrão da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), o que facilitou a identificação do mesmo.
No entanto, a perícia descartou o envolvimento do ônibus no acidente. Outros veículos que passaram pelo local serão alvos da investigação.
