Irã e Egito demonstram interesse em exportação de gado do Rio Grande do Sul

Os dois países já importam gado do País, mas oriundos do Centro-Oeste e Norte do Brasil, que privilegiam cruzamentos zebuínos, com aptidão para a produção de leite.

Um grupo de investidores do Irã e Egito se reuniu nesta terça-feira (6), na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, em Porto Alegre, com representantes das empresas exportadoras de carne do Rio Grande do Sul, com o objetivo de iniciar tratativas para a exportação do gado criado no Estado.

Os dois países já importam gado do País, mas oriundos do Centro-Oeste e Norte do Brasil, que privilegiam cruzamentos zebuínos, com aptidão para a produção de leite. O empresário Mauro Pilz destacou as diferenças entre as raças criadas no Rio Grande do Sul, de origem europeia, que, por serem raças de corte, consomem menos recursos por quilo de carne, comparadas a outras.

O empresário egípcio Magdy Zaky, que comanda uma das maiores operações de produção de silagem do Egito, pontuou que o plano inicial é comprar gado gaúcho nos quatro meses em que o comércio com os Estados do Norte fica inviabilizado, por causa do clima.
A preocupação dos investidores era se os animais criados no Sul se adaptariam facilmente ao clima de seus países de origem.

“O Rio Grande do Sul apresenta grandes variações climáticas e, por isso, nosso gado está totalmente adaptado a baixas e altas temperaturas”, destacou Pilz.

Qualidade

O diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria, Antônio Carlos Ferreira Neto, ressaltou que o controle sanitário e a certificação garantem a qualidade dos bovinos que serão exportados.

A reunião terminou com visita técnica a uma fazenda produtora de hereford em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre.