Conmebol decide em favor do River e Grêmio está fora da final da Libertadores

Depois de mais de 8 horas de atraso, a Conmebol divulgou o resultado da reclamação gremista em relação à presença na final da Copa Libertadores da América. Apesar do time gremista ter documentado com riqueza de detalhes todo o caminho feito pelo técnico do River Plate durante a partida da última quarta-feira, na Arena, mesmo estando suspenso e impedido de trabalhar, os dirigentes sul-americanos decidiram manter o time argentino na decisão da competição, limitando-se a aplicar multa de 50 mil dólares e uma suspensão de três jogos ao técnico Gallardo.

O Grêmio pode recorrer à decisão. A vaga na final da Libertadores escapou ao time de Renato Portaluppi na partida de volta, na Arena. Mesmo com a vantagem de ter vencido em Buenos Aires no primeiro confronto, o Grêmio acabou perdendo para o River por 2 a 1, de virada. Na ocasião, o treinador Gallardo estava suspenso e não poderia ficar no banco de reservas durante o jogo e também estava impedido de estar nos vestiários para orientar os jogadores.

Durante a partida, o treinador foi visto nos camarotes do estádio gremista se comunicando via rádio, provavelmente passando informações ao seu auxiliar. Não bastasse isso, Gallardo foi até o vestiário no intervalo e ainda tentou se disfarçar usando um boné.

Muitos aspectos pesaram na decisão, o fato de a final da competição ser um confronto histórico entre River Plate e Boca Juniors, os dois maiores clubes da Argentina. Fora isso, a Federação de Futebol do país vizinho atuou de maneira muito mais intensa do que a CBF, que nem chegou a se pronunciar sobre o caso. Ao Tricolor resta agora garantir a vaga na Libertadores do ano que vem pelo campeonato Brasileiro.

O presidente Romildo Bolzan, em entrevista a uma rádio disse ser “uma enorme decepção poisa decisão não citou o River Plate. A Conmebol se apequenou e está sendo conivente com os atos que atuam contra a honra dela própria. Vamos fazer um ofício no sentido de retirar a assinatura do Grêmio em relação ao fair play, pois não temos a mínima capacidade de conviver com esse comportamento”.