Após três anos, homem que matou e concretou corpo da mãe vai a júri popular

O crime foi descoberto pela Polícia Civil no dia 28 de maio de 2015, quando uma busca foi realizada na casa onde ambos residiam, na rua Anita Garibaldi.

Vai a julgamento na próxima segunda-feira (19) o homem que matou e concretou o corpo da própria mãe em um armário em Porto Alegre. O crime foi descoberto pela Polícia Civil no dia 28 de maio de 2015, quando uma busca foi realizada na casa onde ambos residiam, na rua Anita Garibaldi.

A sessão de julgamento será presidida pelo juíza Karen Luise Vilanova Batista de Souza Pinheiro, da 1ª Vara do Júri do Foro Central. O júri popular vai começar às 9h30 da manhã de segunda (19).

O réu, o publicitário Ricardo Jardim, é acusado de homicídio duplamente qualificado, mediante motivo torpe e cruel de Vilma Jardim, à época com 76 anos. Além disso, a acusação aponta ocultação de cadáver e posse ilegal de arma de fogo.

Conforme o que a Polícia Civil disse à época, o Jardim teria confessado a morte da própria mãe. Ele queria receber um seguro de vida no valor de R$ 400 mil. No entanto, durante depoimento à Justiça, o acusado ficou em silêncio.

O Ministério Público, responsável pela acusação, aponta que a motivação para o crime seria econômica. Jardim estaria usufruindo do dinheiro que a vítima possuía em conta de banco. A renda seria, conforme o MP, fruto do seguro de vida do marido falecido.

Como será o juri

Os júris populares são compostos por sete jurados, o chamado Conselho de Sentença. Eles são escolhidos em sorteio prévio, decidem pela culpa ou inocência dos réus em cada crime de que são acusados.

Em caso de condenação, cabe ao juiz estipular o tempo e as condições da pena. O julgamento começa com o eventual depoimento de testemunhas e, depois, do acusado.

A seguir, na fase de debates, acusação e defesa, nessa ordem, têm uma hora e meia para apresentar argumentos. Caso desejem, terão ainda mais hora de réplica e tréplica. Os tempos poderão ser maiores em julgamentos com mais de um réu.