Um ano e um dia se passou desde que a Prefeitura de Porto Alegre anunciava, em seu site, a “entrada na fase de acabamento” da Trincheira da avenida Ceará, na zona Norte de Porto Alegre. Depois que o ano virou, nenhuma vírgula a mais sobre o assunto na gestão de Nelson Marchezan (PSDB).
O imbróglio, herdado da gestão do prefeito José Fortunati (hoje sem partido, mas antes filiado ao PDT), permanece do jeito que foi recebido. Quase completa, a passagem subterrânea ainda não pode ser usada porque falta dinheiro para o acabamento da obra.
Em dezembro de 2016, Prefeitura queria liberar faixas da Farrapos. Foto: Reprodução / PMPAA Conpasul, responsável pela obra, já notificou a Prefeitura que não pode liberar a trincheira antes dela estar concluída e que não se responsabilizaria em um eventual uso antes da finalização dos trabalhos.
Em dezembro de 2016 e em outubro deste ano, o Paço Municipal queria usar parte da obra – as três faixas da Farrapos sobre a passagem de nível – para desafogar o trânsito na saída da Capital.
Obra sem dinheiro
Além de enfrentar problemas operacionais – como ter que conciliar trabalhos com a Infraero por causa dos voos no Aeroporto Salgado Filho – a trincheira da Ceará enfrenta a falta de dinheiro nos cofres da Prefeitura de Porto Alegre. A administração deve R$ 2.172.952,64 para as construtoras, da qual a Conpasul é a principal. Para tentar destravar a obra, o Paço Municipal tenta um novo financiamento de R$ 120 para tentar finalizar as “obras da Copa”. No entanto, o acordo ainda não está fechado.
Bloqueios há quase cinco anos
Motoristas que precisam passar pela Farrapos ou Terceira Perimetral já se acostumaram com a rotina de congestionamentos e com os desvios. Não são poucas as vezes que se perde uma hora para se percorrer o trecho entre a BR-290 e a Estação Farrapos da Trensurb.
Em fevereiro de 2018 fará cinco anos que a avenida Farrapos e parte da Ceará foram bloqueadas por causa das obras da trincheira. Os bloqueios começaram em fevereiro de 2013. Prevista para ficar pronta em junho de 2014, ou seja antes da Copa do Brasil, a obra não foi concluída até hoje – e pode só ficar pronta para a Copa da Rússia.
