Porto Alegre teve 78 casos de dengue desde o início do ano

Porto Alegre contabiliza 78 casos confirmados de dengue, um caso importado de zika (do Mato Grosso) e um caso importado de febre chikungunya (viagem a Fernando de Noronha) entre o início do ano e o dia 5 de março.
Do total dos casos de dengue, 28 são importados, ou seja, pacientes que foram infectados durante período de viagem, e 50 casos têm infecção contraída na Capital, os chamados casos autóctones. Dos casos autóctones, 40 contraíram a doença na Vila Nova, e os demais, nos bairros Rubem Berta (3), Aberta dos Morros (2), Passo das Pedras (1), Sarandi (1), Santo Antônio (1), Serraria (1) e Vila João Pessoa (1).

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Esses números compreendem o período de 4 de janeiro a 5 de março (por semanas epidemiológicas), quando 576 notificações de suspeita de dengue referentes a pessoas residentes na Capital foram registradas, entre as 678 notificações feitas na cidade. No mesmo período, houve 18 notificações de suspeita de infecção por chikungunya e 48 por zika vírus na cidade. As investigações para as duas doenças prosseguem.

Vila Nova

Na Vila Nova, bairro que concentra o maior número de casos autóctones da cidade em 2016, a CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde) instalou, na segunda quinzena de fevereiro, 19 armadilhas de monitoramento de mosquitos adultos. A intenção é monitorar, semanalmente, o nível de infestação do vetor, o mosquito Aedes aegypti, na área que concentrou a maior incidência de pessoas infectadas e, portanto, há maior risco de transmissão viral.
É importante ressaltar que dengue, chikungunya ou zika vírus são transmitidas pela picada da fêmea do mosquito vetor que tem o vírus. Mas, para ser infectado, o inseto precisa picar uma pessoa com o vírus e, depois de alguns dias, passará a transmitir esse vírus para seres humanos através da picada. As vistorias nas armadilhas instaladas na Vila Nova indicam índice de infestação alto na área, mas sem circulação viral na última semana. A prefeitura mantém ações no bairro de forma permanente, como visitas domiciliares e ações de fiscalização ambiental.
Em Porto Alegre, o monitoramento com armadilhas está instalado em 28 bairros da cidade (em todo ou em parte). São 884 unidades, colocadas em residências ou estabelecimentos comerciais. Os moradores ou empreendedores são parceiros da prefeitura na iniciativa. As armadilhas não possuem substâncias tóxicas, não atraem mais mosquitos para o imóvel e não interferem na rotina da residência. A informação obtida com esse monitoramento orienta a vigilância em saúde para o controle do vetor e de casos das doenças transmitidas pelo mosquito.
A cada semana, os mosquitos capturados nas armadilhas são coletados e enviados para análise quanto à presença do vírus da dengue, zika e chikungunya. Caso a armadilha seja positiva para um desses vírus, a CGVS alertará sobre a situação e serão tomadas as medidas de controle adequadas: aplicação de inseticida e eliminação de criadouros, nos imóveis do entorno do local onde a armadilha está instalada, e busca de possíveis novos casos.
Em 2016, não houve registro de vírus de zika ou chikungunya em insetos coletados em Porto Alegre. Em relação ao vírus da dengue, foram positivadas duas armadilhas, uma no bairro Chácara das Pedras e uma na Vila Nova. Em ambas, as situações medidas de controle vetorial foram desencadeadas pela CGVS. O mapa semanal das armadilhas está disponível para navegação no site Onde Está o Aedes?.