Deputado Jardel é afastado da Assembleia por determinação judicial

O deputado estadual Mário Jardel Almeida Ribeiro (PSD) foi afastado, nesta segunda-feira (30/11), do exercício das suas funções parlamentares por 180 dias por determinação do Tribunal de Justiça, a pedido do Ministério Público.
As investigações do MP concluíram que havia um esquema criminoso na ALRS (Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul), figurando o Deputado Jardel como principal beneficiário e o advogado Christian Vontobel Miller (assessor lotado na AL) como susposto mentor de uma série de fraudes e falsidades contra a administração pública.
Há indícios de lavagem de dinheiro, com o envolvimento de vários outros servidores, como, por exemplo, Roger Antônio Foresta, que seria o arrecadador dos valores exigidos dos demais funcionários do gabinete, da liderança ou da bancada do PSD, e Ricardo Fialho Tafas, que teria orquestrado o desvio de verbas publicitárias.
Durante as investigações foram detectadas diversas diárias de viagens e indenizações por utilização de veículo irregulares, conforme o MP. Uma delas foi para Santana do Livramento. Jardel, a mãe, o irmão e um assessor foram até Rivera, no Uruguai, onde se hospedaram no Hotel Rivera Cassino & Resort. No entanto, a AL recebeu comprovações de que o Deputado e outros quatro assessores ficaram no Hotel Glória, em Santana do Livramento, entre 27 e 30 de agosto. Foram pagas diárias no valor de R$ 2.061,12 para Jardel e R$ 4.637,52 para os assessores.
O deputado é acusado, também, de exigir parte dos salários de todos os assessores nomeados, de, no mínimo, R$ 3 mil, além dos valores das diárias e indenizações veiculares. Um deles pediu exoneração e informou, no pedido feito à AL, que o Deputado passou a demandar dinheiro. Depois disso, Jardel passou a não receber mais em mãos os valores, recomendação dada pelo Advogado Christian Miller. A arrecadação passou a ser feita pelo Chefe de Gabinete, Roger Antônio Foresta.