Maior utilização de bicicletas no dia a dia faz novas ciclovias serem construídas em Porto Alegre

Desde maio, o trecho de 550 metros da ciclovia da avenida Érico Veríssimo, entre a Praça Garibaldi e a avenida Ipiranga, começou a ser utilizado com frequência pelas bikes de Porto Alegre. Agora, a tinta vermelha pega firme no asfalto para marcar a continuidade deste novo espaço para a circulação de ciclistas, em direção à Rótula do Papa. Serão mais 1,2 quilômetro, com  interligação com a futura ciclovia da avenida  José de Alencar, com passagem pela Saldanha Marinho e Gonçalves Dias.
No BikePoa, implantado a partir de setembro de 2012, já são 162 mil pessoas cadastradas e 713 mil viagens realizadas no lombo das bicicletas. Evidências de que Porto Alegre respira novos ares, vive um momento diferente e histórico no perfil da circulação, pontilhado por milhares de bicicletas cravadas no mapa da cidade.
A ciclovia da avenida Érico Veríssimo, após sua conclusão, prevista até o final deste mês, servirá como ligação entre o Parque Marinha do Brasil, pela ciclovia da avenida José de Alencar, e as ciclovias da Ipiranga, José do Patrocínio e as futuras ciclovias da Silva Só e Mariante, com possibilidades de deslocamento dos ciclistas para a zona Sul, para a área central ou mesmo para a zonas Leste e Norte.
Avançam, igualmente, as obras da ciclovia da avenida Ipiranga, com serviços quase finalizados no trecho entre a Salvador França e a Antônio de Carvalho, total de 3,9 quilômetros; as ciclovias da avenida Nilópolis, com 650 metros de extensão, que ligará com a Nilo Peçanha, 1,1 quilômetro ao longo de toda a avenida.
A partir da ciclovia da Nilo Peçanha, a cidade futuramente terá um novo braço de 9,3 quilômetros  entre o Shopping  Iguatemi e o Parque Marinha do Brasil, com trechos de deslocamento pela Nilópolis, Neusa Brizola, Santa Cecília e Ipiranga. Ao todo, já são 28,5 quilômetros de ciclovias na cidade, com previsão de 35 quilômetros implantados até o final deste ano.
“Hoje são milhares de pessoas, em deslocamentos de lazer ou para o trabalho, nas ruas e ciclovias, numa clara demonstração de mudança de cultura na nossa cidade, de valorização da bicicleta, este modal não poluente, sustentável, silencioso, saudável, acessível a todos, que coloca Porto Alegre alinhada com as melhores práticas da mobilidade urbana”, afirma o arquiteto Antônio Vigna, gerente de Projetos e Estudos de Mobilidade da EPTC.
Dicas de segurança
Nas permanentes ações de conscientização para o trânsito seguro  com a população, além das abordagens com motoristas e pedestres, os agentes de educação da EPTC dão as seguintes dicas aos ciclistas, entre outras, para menos riscos de acidentalidade: transitar preferencialmente onde há ciclovias. Onde não há, utilizar o bordo da via e no sentido do fluxo; respeitar sempre o pedestre; não transitar sobre as calçadas; respeitar sempre a sinalização de trânsito; ao pedalar, utilizar a sinalização noturna; usar equipamentos de segurança, como capacetes, óculos, luvas, além de roupas claras, para uma maior visibilidade no trânsito.