Morre o rei Abdullah, da Arábia Saudita

O rei Abdullah da Arábia Saudita, de 90 anos, faleceu hoje. Ele estava internado há várias semanas devido a uma infeção pulmonar. Em uma das últimas aparições em público, em 9 de março de 2014, quando se encontrou com o presidente americano Barack Obama, Abdullah já mostrava alguns sinais de debilidade: respirava com auxílio de um tubo de oxigênio e deslocava-se em uma cadeira de rodas.
Sua morte poderá ter impactos na estabilidade da Arábia Saudita e no mercado petrolífero – a Arábia Saudita é um dos maiores produtores de petróleo do mundo e se o país enfrentar uma crise de sucessão, tal poderá ter consequências na economia da Arábia Saudita e, consequentemente, na economia mundial.
Os números parecem refletir os anseios dos investidores: depois do anúncio do internação do rei Abdullah, na quarta-feira o principal índice de ações da Arábia Saudita chegou a cair 5,24%. E tudo pode piorar para o país com a morte do monarca.
Abdullah foi várias vezes apelidado de “reformista”, sobretudo pela forma como afrontou, em algumas situações, os membros mais radicais do clero saudita. Entretanto seus críticos o consideram um terrível ditador teocrático que perseguia impiedosamente seus desafetos políticos e religiosos e até mesmo seus próprios súditos.
O meio-irmão de Abdullah, príncipe Salman, será nomeado rei, de acordo com um comunicado da monarquia saudita. O príncipe Muqrin se tornará o príncipe-herdeiro.