"Calote" de Sartori pode causar 20 mil demissões no Estado

O decreto do governador José Ivo Sartori (PMDB), que suspendeu o pagamento de dívidas do Estado com fornecedores e prestadores de serviços nos próximos seis meses, poderá gerar um efeito dominó que custará o emprego de trabalhadores de empresas terceirizadas. A avaliação foi feita pela Seeac (Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Rio Grande do Sul), que prevê até 20 mil demissões, e pelo Sinduscon (Sindicato das Empresas do Ramo da Construção Civil) ao portal G1 RS.
O “calote”, além da suspensão dos pagamentos, também limita a compra de passagens aéreas, novas contratações de serviços, de servidores, além de suspender concursos públicos, gastos com diárias e locações durante o primeiro semestre de 2015.
O novo secretário da Fazenda, Giovani Feltes, afirmou que “a medida para conter os gastos públicos é necessária não apenas para buscar o equilíbrio das contas, mas também para sinalizar à sociedade gaúcha sobre a gravidade do momento”.
“Todo nosso esforço é para não prejudicar quem mais precisa”, justificou Feltes, ao afirmar que estudos da equipe de transição indicam um déficit no orçamento em torno de 5,5 bilhões de reais nas contas públicas para este ano. Segundo os novos gestores estaduais, apesar das dificuldades, não devem ocorrer problemas no pagamento de salários e férias dos servidores.
Além das medidas de cortes nas despesas, o novo secretário da Fazenda destacou que haverá um esforço para aumentar a receita através de melhorias nos mecanismos de arrecadação estadual: “a equipe é altamente qualificada e sei do esforço de todos”.
Feltes afirmou que seu maior desafio na gestão de Sartori está “em criar condições mais favoráveis para implementar mais e melhores políticas sociais”.